segunda-feira, 29 de abril de 2013

Como Mataríamos Jesus Novamente

Como Mataríamos Jesus Novamente

O presente texto tem o afã chamar a atenção aos discípulos de Jesus, cristãos, crentes, evangélicos, ou como queiram se denominar à realidade do tipo de cristianismo que está sendo ensinado, praticado e/ou disseminado pelas nossas igrejas cristãs; e que tipo de cristãos, discípulos, crentes estão sendo concebidos, formados, amoldados. Observe que o cristianismo pregado e vivido no Brasil é um cristianismo ocidental, irrompido pelo Imperador Constantino. Depois é um Cristianismo Reformado por ocasião de Martin Lutero, John Calvino e outros reformadores no Século XVI. Em seguida, a reforma o Cristianismo foi Renovado. Ainda, Pentecostal, devido ao movimento carismático. E finalmente, um movimento dominante nos dias atuais, o da Prosperidade. Primeiramente, quero deixar bem claro o que já é notório que o que vou dizer sobre e vinda de Jesus é ficção, verdadeiramente baseado na imaginação. Porque o Senhor Jesus quando voltar a esta Terra vira em Glória e não mais será o “Cordeiro de Deus” e sim o “Leão da Tribo de Judá”; não mais o “servo”, más como o “Reis dos Reis e Senhor dos Senhores”. Entretanto, suponhamos que o Senhor Jesus queira viver mais uma vez na terra para ensinar os homens do século 21 a ser como Ele é e como Deus deseja que o homem seja. Destarte, não poderá se identificar como Jesus, Messias, Filho de Deus, más sim ser um homem normal dando file testemunha da Palavra de Deus. Assim nasceria um homem normal e daremos o nome a ele de Emanuel, que poderá ser da Silva, carpinteiro, ter irmão, não importa; o que importa é que ele nasceria num lar cristão-evangélico.

1º Problema: Qual igreja (denominação) pertenceria Emanuel? Não sei. Acredito que nenhuma ou pelo menos a de seus pais. Realmente não sei onde alocar o homem que é a Palavra de Deus, porque uns usam véus, outros ternos, outros guardam sábado, outros cortam o cabelo, outros não vêem televisão, outro não ouvem música, etc. Porém, por uma questão de lógica e sensatez Eu o colocarei pertencente a Assembléia de Deus. Porque e somente porque pertenço a esta denominação evangélica (até quando não sei) e me sinto mais a vontade para falar.

2º Problema: Emanuel Pertenceria ao Ministério da Assembléia de Deus? Certamente Emanuel seria um homem de oração e conhecedor a Palavra de Deus, faria milagres pelo poder de Deus e anunciaria publicamente o amor, a misericórdia e a grandeza de Deus, ensinaria a Graça de Deus. Com este perfil, Emanuel teria a denominada “chamada ministerial”, pois com isto demonstraria ser cheio do Espírito Santo. Portanto, nesse contexto, poderia ser um Presbítero, Evangelista e até mesmo quem sabe um Pastor. Por que não? Só que tem um problema. Para exercer qualquer destes cargos na Assembléia de Deus há necessidade de se pagar a Convenção. Isto mesmo, para se fazer a obra de Deus, a vontade de Deus, para exercer o dom de Deus nas Assembleias de Deus tem que pagar. Senão a Convenção não deixa e cassa o ministério, o dom que eles mesmos disse ser dado por Deus. Acredito Eu que Emanuel não se submeteria a este capricho de homens, sejam estes quem forem (Eu não consigo imaginar “Jesus pagando taxa” para fazer a obra de Deus). E seria Emanuel, por desobediência, EXCLUÍDO DO MINISTÉRIO!!!.

3º Problema: Emanuel Pagaria (devolveria, ou daria) o Dízimo? Claro que não. Em primeiro lugar o nosso personagem perguntaria o que é isso? Isto não é profissão de fé neo-testamentária, más obrigação entre Judeus, não? Cobrar dizimo, falar neste termo, já beira ao Crime de Estelionato descrito no Código Penal (enganar ou manter alguém enganado para dela tirar vantagem)? Pois bem, o dízimo não é neo-testamentário, não configura uma obrigação Cristã. Portanto, Emanuel não pagaria, devolveria, daria dízimo porque todas esta são formas de embustes para lograr o povo de Deus. E Emanuel além de não ceder aos caprichos dos Ministérios, Pastores, Lideres certamente combateria tal prática anticristã e, quem sabe, até “criminosa”. A pratica do Dizimo é judaica e não Cristã, consta na Lei de Moises. Foi instituída para compensação da Tribo de Levi que ficou sem herança em terra, porém com o sacerdócio. Era dado em alimentos e não em dinheiro. Quem dava o dízimo comia do dízimo. O Judeu que fosse fiel no dízimo era abençoado e prosperava conforme a promessa do Monte Ebal, porque obedeceu a Lei neste item (Ml. 3:10). O dizimo se destinava ao sustento dos sacerdotes e levita (Tribo de Levi), dos órfãos, das viúvas, estrangeiros e necessitados em geral. Agora, hodiernamente o dízimo ministrado nas igrejas Evangélicas serve para que? Primeiramente sustento do Pastor, comprar e pagar as contas do carro 0 Km do pastor, pagar mais algumas dívidas extraordinárias feitas pelo pastor. Depois se destina a construção de prédios e obras infinitas do templo. Ultimamente, os Ministérios têm construído catedrais evangélicas de várias denominações (Repetindo ou competindo com antigos erros católicos. Depois, se sobrar, ajuda a um ou outro necessitado (Geralmente, a igreja não tem caixa para ajudar o necessitado e se pede no meio do culto a colaboração aos cristãos presentes). E o povo vitima, ou melhor os crentes fieis, parece que esta sedado e contribui. Não conseguem enxergar a trama a que estão envolvidos. E derramam dinheiro nas mãos dos “Pastores”. Até porque são constantemente bombardeados com a exortação profética de Ml. 3:8-11. De forma, que este povo entrega o dinheiro do dízimo aos ministérios sob três condições declinadas em Malaquias 3:8-11: 1º- Pela CULPA DE PECADO porque o texto diz: “roubará o homem a Deus?”. 2ª - pelo MEDO DA MALDIÇÃO, diz o texto: “com maldição sois amaldiçoados”. E 3º pela AMBIÇÃO NA BENÇÃO TAL descrita no texto “derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes”. Ora eu disse que o povo parece que está sedado; vejam estes mesmos pastores dizem que Jesus cumpriu a Lei e que o “fim da Lei é Cristo” e não se deve mais guardar a Lei. Conseguem fazer com que os cristãos não cumpram nenhum artigo da Lei, exceto o do Dízimo. Inclusive, pasmem, os cristãos conseguem entender que não se deve guardar o sábado, que é um artigo das tábuas da Lei, o quarto mandamento do decálogo, escrito com o dedo de Deus; más cumprem o dízimo (Eu não sei se é pra rir ou pra chorar). Ora, se é pecado não dar dízimo (da Lei de Moises), muito mais pecado é não guardar o sábado do Senhor (da Lei de Deus, de Moises e nos Profetas). Por tudo isso, Emanuel não pagaria, não devolveria, nem daria esse coisa que chamam “dízimo do Senhor”. Principalmente, pelo fato do escândalo que é. Os pastores estão ricos e se enriquecendo. Estimulando ganância, medo, culpa no cristão. De forma que o crente evangélico hoje compete com o mundo as coisas do mundo, num verdadeiro espírito materialismo-hedonista. Os crentes não preconizam mais a simplicidade e a humildade. Não vão a Deus para adorá-lo, más para buscar a benção, a “vitória”. E por causa desta ciranda financeira do dízimo e das ofertas, as lideranças se assenhorearam das Fé e se sentem no lugar de Deus, tal qual o servo mal da parábola de Mt. 24:48-49. E enganando e sendo enganados, vivem no espírito dos homens descritos em 2ª Tm. 3:2-7, caminhando a passos largos para a perdição, e levando consigo o rebanho que deveria preparar e entregar a Deus. Estes são os novos fariseus, ou melhor, são piores dos que os fariseus hipócritas, porque pelo menos os fariseus eram condutores cegos; e os pastores de hoje estão vendo muito bem, não são só hipócritas, são sínicos; condutores sínicos. E pegam o pecador e primeiro o achacam e depois o tornam duas vezes mais filhos do inferno do que eram antes. O conselho de Deus e para nos afastar deles. Porque este espírito impregna e que esta perto acaba se transformando num deles. Por isso o “povo parece que está sedado”. Finalizando, Emanuel não compartilharia desse espírito e não daria dízimo a Igreja.

4º Problema: Emanuel beberia vinho? Sem medo de errar assevero que nosso personagem Emanuel beberia vinho. Porque, tal como o Senhor Jesus não teria problema nenhum, quer para consigo ou para com Deus, em beber do vinho. O Senhor Jesus em certa ocasião efetuou o “milagre da transformação de água em vinho”, quando da necessidade. E o pessoal que estava na festa ainda o elogiou dizendo que o “vinho era de boa qualidade”. Entretanto, os religiosos e teólogos de nosso tempo impedem esta graça de Deus para nossas vidas. Ofuscando a maravilha que é seguir a Cristo com liberdade. Transformando a Graça de Deus em uma Seita Religiosa eivada de proibições, restrições e impedimentos, que nem eles são capazes de cumprir, justificando como “modelo de santidade” ou exercício de santificação. É claro que este assunto não é assim tão simples quanto parece. A princípio a proibição se deu em razão de nos brasileiros sermos alcoólatras, ou não sabermos dosar a quantidade de ingestão de bebidas; falta educação no beber. Considerando que é mais fácil proibir do que ensinar. Assim ajudaríamos aos irmãos alcoólatras a se libertar, a se consagrar, etc... Interessante é que parece correto e bonitinho, ou como se diz hodiernamente “politicamente correto”, entretanto isto trás no bojo outro problema: - Quantos deixaram de se entregar à Graça de Deus em razão dessa proibição, dessa mesquinhez. Além desse, tem um segundo problema ainda maior. O Senhor deixou o mandamento da Santa Ceia, a qual possui o maior simbolismo Cristão da graça, ou seja, o corpo e o sangue de Jesus Cristo entregue, dado, para remissão dos pecados dos que crêem. Portanto, o corpo físico é representado pelo pão e o sangue (vida) é representado pelo vinho. E agora, como fazer? Quem autorizou ao ser humano mudar o elemento de tão importante sacramento? Com que autoridade um ser humano que diz amar a Deus, ou pelo menos, diz temer a Deus, troca um elemento cerimonial, no caso vinho por suco de uva (Maguari).

5º Problema: Emanuel seria perseguido? Certamente Jesus seguiria o destino prescrito em Mateus 24:9-13, pois combateria com sábias e poderosas palavras contra o cristianismo professo pelo que então se dizem cristãos, discípulos. Considerando as quantidades de denominações e formas de se professar a fé; as hierarquias instituídas e a forma como se processam; a Suntuosidade cada vez maior dos Templos evangélicos; a petição desenfreada de dinheiro e bens para custear a “obra de Deus”; as ganâncias dos pastores e seus modos luxuosos de viver o evangelho da humildade, com boas vestimentas, carros cada vez mais luxuosos e caros, casa e mansões, jatos e helicópteros. Tudo em nome de Jesus.

O Evangelho da graça não proíbe o ser humano de nada, exceto do pecado; porquanto, tudo que não é pecado é lícito, embora nem tudo convenha; da mesma sorte nem tudo edifica, embora seja lícita (1ª Co. 10:23). Conseguintemente cabe ao cristão, discípulo de Jesus, através da instrução bíblica e do Espírito Santo nortear a sua vida e fazer o que é bom para sua salvação, para o seu relacionamento frutífero com o próprio Deus. Como apartar-se do vinho e encher-se do espírito; orar sem cessar; vigiar porque o inimigo esta a espreita; dar testemunho de nossa fé e santidade aos milhares de testemunhas ao nosso redor; perdoar, pois assim somos perdoados; exercer a caridade como prova de amor; auxiliar sempre os que clamarem por ajuda; ser grato a Deus pela graça e sempre, más sempre, chegar a Ele em adoração e cheios de ações de graça. Finalmente, ter a mesma consciência do apostolo João e que Deus é Pai. Deus é Amor.

Chegamos a conclusão que não tem mais como Emanuel (Jesus) conviver numa igreja evangélica de nossa época ou conviver com o seus membros. E, por isso, creio que estamos vivendo a última igreja, a Laudicéia, onde em Apocalipse 3:20 o Senhor Jesus está do lado de fora em sofreguidão “batendo” de casa em casa, porta em porta, ou seja, não para entrar na igreja, más nos corações dos servos. Jesus quer entrar na sua vida. Ele que ser Senhor da sua vida. Portanto, larga de servir a essas instituições criadas por homens (mesmo que tenha nome de igreja de Deus), deixa de servir a pastores (bispos, apóstolos, ou o nome que quiserem se intitular)que vão de mal a pior enganando e sendo enganados. Volte-se para graça que há em Cristo Jesus e ceie com Ele (Ap. 3:20).

Rogerio de Freitas
pcadm@ig.com.br

quinta-feira, 2 de junho de 2011

BEM VINDO

IGREJA VIDEIRA VERDADEIRA

Bem vindo o Blog da Igreja Videira Verdadeira. No nome do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo a nossa congregação não pretende ser mais uma igreja; mas sim um referencial do mandamento do Mestre, portanto, ser uma comunidade fulcrada no amor, na fraternidade, na compaixão, na caridade, na solidariedade e no cumprimento de seu IDE, levando o evangelho na sua plenitude para o homem no seu todo.

Por isso, visamos levar o ser humano a atingir valores já há muito esquecidos nos púlpitos e cotidiano da igreja, do povo que se diz povo de Deus. Conduzindo a todos a conhecer e experimentar a Graça de Deus em amor, o amor em fé, o qual foi e é manifestado pela Graça de Deus. Teve a sua manifestação plena em Cristo no madeiro, e é manifestado quando no nosso dia-a-dia nos humanizamos, atendendo as necessidades dos irmãos com compaixão e amor.

 Por que digo humanizarmos é necessário? Porque é a vontade de Deus em Jesus Cristo. Pois na medida em que nos tornamos humanos, ou seja, agimos como a imagem e semelhança de Deus, mais nos aproximamos da deidade. E quando no humanizamos, passamos a nos apegar a valores como o amor, fraternidade, caridade, sendo misericordiosos, piedosos, pacificadores. 

O que é o amor? O que é a Caridade? O que é fraternal? O primeiro é o sentimento inato que nos assemelha a Deus e de onde provem a misericórdia. O segundo senão o exercício do amor pela força da misericórdia. E o último, senão o relacionamento amoroso no reconhecimento das nossas próprias fraquezas e semelhança dos fracos, dos nossos pares.

Temos visto no caminhar de nossa existência que valores fundamentais do evangelho do Senhor Jesus Cristo estão sendo esquecidos, abandonados e até alijados da nossa consciência: como ser manso, pacificador, misericordioso, desejosos a Justiça, dependentes Deus, ter o coração limpo, porque são estes herdarão a terra, serão os chamados filhos de Deus, alcançarão misericórdia, serão justiçados e deles é o Reino dos Céus e verão a Deus.

A Videira Verdadeira tem o afã de conscientizar a todos da premente necessidade da humanização do ser humano. Porque acreditamos que essa é a vontade de Deus em Jesus Cristo. Que olhássemos ao próximo e visse nele fraquezas dos quais somos também sujeitos e passíveis de sermos atingidos. Não somos um melhor do que o outro, más sim iguais. Os valores que atribuímos e depositamos nas coisas e nas atitudes em exercício na nossa existência é o referencial para o escalonamento das importâncias humanas.

Explicitamente, quero dizer que em nossa sociedade hedonista, materialista e capitalista damos muito valor ao dinheiro. A qual se estratifica de acordo com que se possui, pelo poder econômico, subsistindo a máxima: "cada um vale pelo que tem". A partir dai e que surgem outras virtudes humanas de escalonamentos. Como podemos citar o poder, a glória, o merecimento, o parentesco, o grau de relacionamento. Tudo isso são formas e quesito importantes para estratificação da sociedade humana.Todos estes valores humanos são de somenos importância para Deus, visto que Deus não leva em consideração parâmetros humano para sua estratificação, e isto está fora dos púlpitos das igrejas modernas. 

Deus não faz acepção de pessoas nos valores humanos, mas nos tratou a todos como iguais, como pecadores e destituídos de sua grandeza. Por isso, o Senhor Jesus diz que os cidadãos do Reino de Deus são os que valorizam Deus, isto é, os pobres de espírito; como também, os que são perseguidos porque coadunarem com a justiça de Deus. Os cidadãos do reino de Deus são mansos, pacificadores e limpos de coração e é esses tais que herdarão a terra, chamar-se-ão Filhos de Deus e verão a Deus.

Nesse contexto, a felicidade estar no chorar, desejar a justiça e em ser misericordioso, porque estes tais serão consolados, terão fartura e alcançarão a misericórdia. 

Para concluir e simplificar, o Senhor Jesus tomou um menino e, como parâmetro, disse que qualquer que não se tornar como aquela criança de forma alguma entraria no Reino os Céus. Esse é o Senhor Jesus que está faltando nas igrejas. É o Senhor Jesus que está batendo a porta e pedindo para entrar. Aqueles que permitem que ele entre, com Ele faz ceia.

Louvado seja o Nome do Senhor Jesus para a Glória eterna de Deus.

Rogério de Freitas
Servo do Senhor Jesus.


A HUMILDADE

A Humildade
Uzias tinha somente 16 anos quando seu pai foi assassinado e ele subitamente se tornou rei de Judá, no oitavo século antes de Cristo. A história de seu reinado, que é registrada em 2 Crônicas 26, ensina uma lição poderosa sobre a importância da humildade. Uzias começou bem. Ele respeitava o Senhor e sua palavra, e Deus o abençoou abundantemente. O reino se expandiu e o rei fiel conseguiu dominar seus inimigos de todos os lados. Sua reputação se espalhou a outros países. Uzias se fortaleceu.
Então, tudo mudou. "Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o Senhor, seu Deus, porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso" (2 Crônicas 26:16). Uzias era um homem especialmente escolhido por Deus para conduzir seu povo. Durante muitos anos, Uzias serviu o Senhor fielmente. Porém não estava autorizado a entrar no templo para queimar incenso. Esse papel estava reservado para outros homens escolhidos por Deus, os sacerdotes, que serviam no templo. Uzias, não estando mais contente com o desempenho do papel que Deus lhe havia dado, tentou assumir uma função extra e foi fortemente repreendido por seu erro.
O sacerdote Azarias e 80 outros sacerdotes seguiram Uzias até o templo e desafiaram seu ato presunçoso. Uzias enraiveceu-se e Deus respondeu imediatamente ao seu erro. O rei ficou leproso ali mesmo no templo diante dos olhos dos sacerdotes. Eles imediatamente o atiraram fora do templo, e Uzias correu da casa de Deus, percebendo que o Senhor tinha punido sua arrogância. Seu filho assumiu os negócios do Estado e deixou o leproso Uzias isolado em sua casa pelo resto de sua vida. A vida abençoada de um grande homem foi arruinada por um ato de desobediência. Uzias, como o primeiro rei de Israel (veja Samuel 15:17-23), foi derrubado por seu próprio orgulho.
Humildade:

Fundamental para nossa comunhão com Deus
Quando Jesus pregou o sermão que define o caráter do verdadeiro discípulo, suas palavras iniciais foram diretas ao coração: "Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus" (Mateus 5:3). Ele continuou a pregar durante mais três capítulos, mas muitos ouvintes não o ouviram porque nunca passaram da linha de partida. Mesmo hoje, a maior parte da mensagem do evangelho cai em ouvidos surdos de homens e mulheres arrogantes que não querem mesmo reconhecer a posição de Jesus como Senhor.
Mas Jesus não reduziu os padrões. Ele não abriu uma porta extra para entrarem os arrogantes ou os "quase" humildes. Ele manteve intacto o seu requisito fundamental porque ele reflete a exigência eterna de Deus. Deus nunca aceitou o homem cheio de orgulho que pensava fazer as coisas a seu próprio modo. Ao contrário de toda a sabedoria dos homens carnais, tendentes a adquirir poder e posição, Deus aceita exclusivamente os humildes. Uma geração depois de Uzias, o profeta Miquéias pegou perfeitamente a idéia quando ele citou as palavras de Deus: "Ele te declarou, ó homem, o que é bom e o que é que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus"(Miquéias 6:8). As Escrituras deixam perfeitamente claro que não há  outra maneira de caminhar com Deus. Ou andamos humildemente com nosso Deus, ou não andamos de mod o nenhum com ele!
Jesus andou no meio de homens carnais e enfrentou tremendo desafio. Como poderia ele capturar seus corações para moldá -los como os servos humildes que o Pai quer? Não foi uma tarefa fácil. Ele falava freqüentemente de humildade, e mostrava em sua vida de serviço o que significa elevar os outros acima de nós mesmos. Quem poderia exemplificar melhor a humildade voluntária do que o próprio Deus, que deixou sua habitação celestial para servir e mesmo morrer pelos homens pecadores? (Esta é a essência do apelo irresistível de Paulo em Filipenses 2:3-8).
Dois exemplos mostram claramente como Jesus ressaltava a humildade para seus apóstolos. O primeiro está em Mateus 18:1-4. Os apóstolos freqüentemente disputavam entre si sobre a grandeza. Dois deles uma vez foram tão ousados a ponto de pedir que fossem colocados acima de seus colegas no reino. Jesus respondeu à atitude deles chamando uma criança. Enquanto estes homens crescidos olhavam, Jesus começou a pregar um sermão memorável:"Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus" (Mateus 18:3-4).
O segundo exemplo, ainda mais tocante, é registrado em João 13:1-17. Quando se preparavam para partilhar a refeição da Páscoa, Jesus aproveitou o momento para ensinar uma lição necessária. Os apóstolos jamais esqueceriam esta noite, e Jesus não perdeu a oportunidade para ensinar. Ele tomou uma toalha e  água e foi, de discípulo em discípulo, lavando seus pés. Isto era, por costume, serviço dos servos mais humildes, mas aqui o Criador do universo estava se humilhando diante de simples galileus. Quando terminou, ele voltou-se para os apóstolos e perguntou? "Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou. Ora, se sabeis estas cousas, bem-aventurados sois se as praticardes" (João 13:12-17).
Não é de se admirar que outros homens inspirados falassem da importância da humildade. Tiago disse: "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós... Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará" (Tiago 4:6-10).
Como a arrogância impede a salvação
Podemos tirar algumas conclusões claras e importantes do ensinamento da Bíblia, mostrando o porquê a falta de humildade impede a salvação. Considere como o orgulho é absolutamente oposto às qualidades e comportamentos que Deus quer que demonstremos.
·         Sem humildade, não serviremos outros como deveríamos, porque aqueles que são arrogantes e egoístas querem ser servidos, e não servir.
·         Sem humildade, não seremos seguidores. Os orgulhosos querem ser chefes e cobiçam a posição e a influência de outros. Este foi o problema que Arão e Miriã tiveram em Números 12, e o mesmo pecado que custou as vidas de quase 15.000 pessoas, em Números 16.
·         Sem humildade não buscaremos realmente a verdade. O homem orgulhoso pensa que já conhece as respostas, e não quer depender de quem quer que seja, nem mesmo do próprio Deus. A arrogância também impede nosso entendimento da verdade. Se não queremos admitir a necessidade de mudança, ou não queremos aceitar o fato que alguma outra pessoa sabe mais do que nós, nosso orgulho será um bloqueio fatal para o estudo eficaz da Bíblia.
·         Sem humildade, não reconheceremos nossos próprios defeitos. Somos até capazes de enganar nossos próprios corações para não vermos nosso próprio pecado. Saul fez isto quando defendeu sua desobediência na batalha contra os amalequitas. Ele argumentou que tinha obedecido o Senhor e que o povo tinha errado (1 Samuel 15:20-21). Deus não aceitou esta desculpa esfarrapada, e não aceita a nossa.
·         Um outro problema relacionado com a arrogância é a dificuldade em aceitar a correção. Provérbios 15:31-33 mostra a conseqüência de tal orgulho: "Os ouvidos que atendem à repreensão salutar no meio dos sábios têm a sua morada. O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento. O temor do Senhor é a instrução da sabedoria, e a humildade precede a honra." Provérbios 12:1 é mais direto: "Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido."
·         O outro lado deste problema é que a pessoa arrogante também não perdoa o erro dos outros. O orgulho é inerentemente egoísta, e nos torna facilmente ofendidos e lentos a perdoar. Isto cria uma tremenda barreira para a salvação. Jesus ensinou claramente que a pessoa que não perdoa não será perdoada por Deus (Mateus 6:12,14-15).
A última linha é muito clara. Se não aprendemos como ser humildes, não entraremos no céu. Deus rejeita os orgulhosos e exalta os humildes (Tiago 4:6,10).
Como desenvolver a humildade
Uma vez que a humildade é obviamente essencial à nossa salvação, deveremos estar preocupados em acrescentar esta qualidade a nossas vidas. Aqui estão umas poucas sugestões simples que nos ajudarão:
ŒDevemos procurar o melhor nos outros, e buscar servir os outros como Jesus fez (Romanos 12:10; Efésios 4:2-3; Filipenses 2:3-4).
Não devemos pensar que somos importantes (Lucas 17:10). Cada um deve usar sua capacidade, porém não devemos pensar que somos melhores do que outros (Romanos 12:3-8).
Ž  Não devemos esperar que outros nos humilhem. A chave da obediência é nossa humildade voluntária (Tiago 4:10), não a humilhação forçada.
Sempre que estivermos tentados a pensar que somos grandes e importantes, devemos parar para contemplar a grandeza e a majestade de Deus. Comparados com o Criador e Sustentador do Universo, somos débeis e insignificantes. O Salmo 8, especialmente nos versículos 3, 4 e 10, nos faz descer ao nosso tamanho rapidamente!
"Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará" (Tiago 4:10).
- por Dennis Allan