segunda-feira, 29 de abril de 2013

Como Mataríamos Jesus Novamente

Como Mataríamos Jesus Novamente

O presente texto tem o afã chamar a atenção aos discípulos de Jesus, cristãos, crentes, evangélicos, ou como queiram se denominar à realidade do tipo de cristianismo que está sendo ensinado, praticado e/ou disseminado pelas nossas igrejas cristãs; e que tipo de cristãos, discípulos, crentes estão sendo concebidos, formados, amoldados. Observe que o cristianismo pregado e vivido no Brasil é um cristianismo ocidental, irrompido pelo Imperador Constantino. Depois é um Cristianismo Reformado por ocasião de Martin Lutero, John Calvino e outros reformadores no Século XVI. Em seguida, a reforma o Cristianismo foi Renovado. Ainda, Pentecostal, devido ao movimento carismático. E finalmente, um movimento dominante nos dias atuais, o da Prosperidade. Primeiramente, quero deixar bem claro o que já é notório que o que vou dizer sobre e vinda de Jesus é ficção, verdadeiramente baseado na imaginação. Porque o Senhor Jesus quando voltar a esta Terra vira em Glória e não mais será o “Cordeiro de Deus” e sim o “Leão da Tribo de Judá”; não mais o “servo”, más como o “Reis dos Reis e Senhor dos Senhores”. Entretanto, suponhamos que o Senhor Jesus queira viver mais uma vez na terra para ensinar os homens do século 21 a ser como Ele é e como Deus deseja que o homem seja. Destarte, não poderá se identificar como Jesus, Messias, Filho de Deus, más sim ser um homem normal dando file testemunha da Palavra de Deus. Assim nasceria um homem normal e daremos o nome a ele de Emanuel, que poderá ser da Silva, carpinteiro, ter irmão, não importa; o que importa é que ele nasceria num lar cristão-evangélico.

1º Problema: Qual igreja (denominação) pertenceria Emanuel? Não sei. Acredito que nenhuma ou pelo menos a de seus pais. Realmente não sei onde alocar o homem que é a Palavra de Deus, porque uns usam véus, outros ternos, outros guardam sábado, outros cortam o cabelo, outros não vêem televisão, outro não ouvem música, etc. Porém, por uma questão de lógica e sensatez Eu o colocarei pertencente a Assembléia de Deus. Porque e somente porque pertenço a esta denominação evangélica (até quando não sei) e me sinto mais a vontade para falar.

2º Problema: Emanuel Pertenceria ao Ministério da Assembléia de Deus? Certamente Emanuel seria um homem de oração e conhecedor a Palavra de Deus, faria milagres pelo poder de Deus e anunciaria publicamente o amor, a misericórdia e a grandeza de Deus, ensinaria a Graça de Deus. Com este perfil, Emanuel teria a denominada “chamada ministerial”, pois com isto demonstraria ser cheio do Espírito Santo. Portanto, nesse contexto, poderia ser um Presbítero, Evangelista e até mesmo quem sabe um Pastor. Por que não? Só que tem um problema. Para exercer qualquer destes cargos na Assembléia de Deus há necessidade de se pagar a Convenção. Isto mesmo, para se fazer a obra de Deus, a vontade de Deus, para exercer o dom de Deus nas Assembleias de Deus tem que pagar. Senão a Convenção não deixa e cassa o ministério, o dom que eles mesmos disse ser dado por Deus. Acredito Eu que Emanuel não se submeteria a este capricho de homens, sejam estes quem forem (Eu não consigo imaginar “Jesus pagando taxa” para fazer a obra de Deus). E seria Emanuel, por desobediência, EXCLUÍDO DO MINISTÉRIO!!!.

3º Problema: Emanuel Pagaria (devolveria, ou daria) o Dízimo? Claro que não. Em primeiro lugar o nosso personagem perguntaria o que é isso? Isto não é profissão de fé neo-testamentária, más obrigação entre Judeus, não? Cobrar dizimo, falar neste termo, já beira ao Crime de Estelionato descrito no Código Penal (enganar ou manter alguém enganado para dela tirar vantagem)? Pois bem, o dízimo não é neo-testamentário, não configura uma obrigação Cristã. Portanto, Emanuel não pagaria, devolveria, daria dízimo porque todas esta são formas de embustes para lograr o povo de Deus. E Emanuel além de não ceder aos caprichos dos Ministérios, Pastores, Lideres certamente combateria tal prática anticristã e, quem sabe, até “criminosa”. A pratica do Dizimo é judaica e não Cristã, consta na Lei de Moises. Foi instituída para compensação da Tribo de Levi que ficou sem herança em terra, porém com o sacerdócio. Era dado em alimentos e não em dinheiro. Quem dava o dízimo comia do dízimo. O Judeu que fosse fiel no dízimo era abençoado e prosperava conforme a promessa do Monte Ebal, porque obedeceu a Lei neste item (Ml. 3:10). O dizimo se destinava ao sustento dos sacerdotes e levita (Tribo de Levi), dos órfãos, das viúvas, estrangeiros e necessitados em geral. Agora, hodiernamente o dízimo ministrado nas igrejas Evangélicas serve para que? Primeiramente sustento do Pastor, comprar e pagar as contas do carro 0 Km do pastor, pagar mais algumas dívidas extraordinárias feitas pelo pastor. Depois se destina a construção de prédios e obras infinitas do templo. Ultimamente, os Ministérios têm construído catedrais evangélicas de várias denominações (Repetindo ou competindo com antigos erros católicos. Depois, se sobrar, ajuda a um ou outro necessitado (Geralmente, a igreja não tem caixa para ajudar o necessitado e se pede no meio do culto a colaboração aos cristãos presentes). E o povo vitima, ou melhor os crentes fieis, parece que esta sedado e contribui. Não conseguem enxergar a trama a que estão envolvidos. E derramam dinheiro nas mãos dos “Pastores”. Até porque são constantemente bombardeados com a exortação profética de Ml. 3:8-11. De forma, que este povo entrega o dinheiro do dízimo aos ministérios sob três condições declinadas em Malaquias 3:8-11: 1º- Pela CULPA DE PECADO porque o texto diz: “roubará o homem a Deus?”. 2ª - pelo MEDO DA MALDIÇÃO, diz o texto: “com maldição sois amaldiçoados”. E 3º pela AMBIÇÃO NA BENÇÃO TAL descrita no texto “derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes”. Ora eu disse que o povo parece que está sedado; vejam estes mesmos pastores dizem que Jesus cumpriu a Lei e que o “fim da Lei é Cristo” e não se deve mais guardar a Lei. Conseguem fazer com que os cristãos não cumpram nenhum artigo da Lei, exceto o do Dízimo. Inclusive, pasmem, os cristãos conseguem entender que não se deve guardar o sábado, que é um artigo das tábuas da Lei, o quarto mandamento do decálogo, escrito com o dedo de Deus; más cumprem o dízimo (Eu não sei se é pra rir ou pra chorar). Ora, se é pecado não dar dízimo (da Lei de Moises), muito mais pecado é não guardar o sábado do Senhor (da Lei de Deus, de Moises e nos Profetas). Por tudo isso, Emanuel não pagaria, não devolveria, nem daria esse coisa que chamam “dízimo do Senhor”. Principalmente, pelo fato do escândalo que é. Os pastores estão ricos e se enriquecendo. Estimulando ganância, medo, culpa no cristão. De forma que o crente evangélico hoje compete com o mundo as coisas do mundo, num verdadeiro espírito materialismo-hedonista. Os crentes não preconizam mais a simplicidade e a humildade. Não vão a Deus para adorá-lo, más para buscar a benção, a “vitória”. E por causa desta ciranda financeira do dízimo e das ofertas, as lideranças se assenhorearam das Fé e se sentem no lugar de Deus, tal qual o servo mal da parábola de Mt. 24:48-49. E enganando e sendo enganados, vivem no espírito dos homens descritos em 2ª Tm. 3:2-7, caminhando a passos largos para a perdição, e levando consigo o rebanho que deveria preparar e entregar a Deus. Estes são os novos fariseus, ou melhor, são piores dos que os fariseus hipócritas, porque pelo menos os fariseus eram condutores cegos; e os pastores de hoje estão vendo muito bem, não são só hipócritas, são sínicos; condutores sínicos. E pegam o pecador e primeiro o achacam e depois o tornam duas vezes mais filhos do inferno do que eram antes. O conselho de Deus e para nos afastar deles. Porque este espírito impregna e que esta perto acaba se transformando num deles. Por isso o “povo parece que está sedado”. Finalizando, Emanuel não compartilharia desse espírito e não daria dízimo a Igreja.

4º Problema: Emanuel beberia vinho? Sem medo de errar assevero que nosso personagem Emanuel beberia vinho. Porque, tal como o Senhor Jesus não teria problema nenhum, quer para consigo ou para com Deus, em beber do vinho. O Senhor Jesus em certa ocasião efetuou o “milagre da transformação de água em vinho”, quando da necessidade. E o pessoal que estava na festa ainda o elogiou dizendo que o “vinho era de boa qualidade”. Entretanto, os religiosos e teólogos de nosso tempo impedem esta graça de Deus para nossas vidas. Ofuscando a maravilha que é seguir a Cristo com liberdade. Transformando a Graça de Deus em uma Seita Religiosa eivada de proibições, restrições e impedimentos, que nem eles são capazes de cumprir, justificando como “modelo de santidade” ou exercício de santificação. É claro que este assunto não é assim tão simples quanto parece. A princípio a proibição se deu em razão de nos brasileiros sermos alcoólatras, ou não sabermos dosar a quantidade de ingestão de bebidas; falta educação no beber. Considerando que é mais fácil proibir do que ensinar. Assim ajudaríamos aos irmãos alcoólatras a se libertar, a se consagrar, etc... Interessante é que parece correto e bonitinho, ou como se diz hodiernamente “politicamente correto”, entretanto isto trás no bojo outro problema: - Quantos deixaram de se entregar à Graça de Deus em razão dessa proibição, dessa mesquinhez. Além desse, tem um segundo problema ainda maior. O Senhor deixou o mandamento da Santa Ceia, a qual possui o maior simbolismo Cristão da graça, ou seja, o corpo e o sangue de Jesus Cristo entregue, dado, para remissão dos pecados dos que crêem. Portanto, o corpo físico é representado pelo pão e o sangue (vida) é representado pelo vinho. E agora, como fazer? Quem autorizou ao ser humano mudar o elemento de tão importante sacramento? Com que autoridade um ser humano que diz amar a Deus, ou pelo menos, diz temer a Deus, troca um elemento cerimonial, no caso vinho por suco de uva (Maguari).

5º Problema: Emanuel seria perseguido? Certamente Jesus seguiria o destino prescrito em Mateus 24:9-13, pois combateria com sábias e poderosas palavras contra o cristianismo professo pelo que então se dizem cristãos, discípulos. Considerando as quantidades de denominações e formas de se professar a fé; as hierarquias instituídas e a forma como se processam; a Suntuosidade cada vez maior dos Templos evangélicos; a petição desenfreada de dinheiro e bens para custear a “obra de Deus”; as ganâncias dos pastores e seus modos luxuosos de viver o evangelho da humildade, com boas vestimentas, carros cada vez mais luxuosos e caros, casa e mansões, jatos e helicópteros. Tudo em nome de Jesus.

O Evangelho da graça não proíbe o ser humano de nada, exceto do pecado; porquanto, tudo que não é pecado é lícito, embora nem tudo convenha; da mesma sorte nem tudo edifica, embora seja lícita (1ª Co. 10:23). Conseguintemente cabe ao cristão, discípulo de Jesus, através da instrução bíblica e do Espírito Santo nortear a sua vida e fazer o que é bom para sua salvação, para o seu relacionamento frutífero com o próprio Deus. Como apartar-se do vinho e encher-se do espírito; orar sem cessar; vigiar porque o inimigo esta a espreita; dar testemunho de nossa fé e santidade aos milhares de testemunhas ao nosso redor; perdoar, pois assim somos perdoados; exercer a caridade como prova de amor; auxiliar sempre os que clamarem por ajuda; ser grato a Deus pela graça e sempre, más sempre, chegar a Ele em adoração e cheios de ações de graça. Finalmente, ter a mesma consciência do apostolo João e que Deus é Pai. Deus é Amor.

Chegamos a conclusão que não tem mais como Emanuel (Jesus) conviver numa igreja evangélica de nossa época ou conviver com o seus membros. E, por isso, creio que estamos vivendo a última igreja, a Laudicéia, onde em Apocalipse 3:20 o Senhor Jesus está do lado de fora em sofreguidão “batendo” de casa em casa, porta em porta, ou seja, não para entrar na igreja, más nos corações dos servos. Jesus quer entrar na sua vida. Ele que ser Senhor da sua vida. Portanto, larga de servir a essas instituições criadas por homens (mesmo que tenha nome de igreja de Deus), deixa de servir a pastores (bispos, apóstolos, ou o nome que quiserem se intitular)que vão de mal a pior enganando e sendo enganados. Volte-se para graça que há em Cristo Jesus e ceie com Ele (Ap. 3:20).

Rogerio de Freitas
pcadm@ig.com.br

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